11 de fevereiro de 2009

Julia Roberts volta aos papéis principais



Nos últimos oito anos, Julia Roberts teve filhos, arriscou a sorte na Broadway (em Three Days of Rain) e emprestou sua voz a uma aranha (em A Menina e o Porquinho) e a uma formiga (Lucas - Um Intruso no Formigueiro). No mês que vem, ela ressurge em um papel na verdade menos comum do que seria imaginável, para uma atriz que, uma década atrás, era a maior bilheteria feminina de Hollywood: o de protagonista em um filme. Enquanto muita gente no mundo do cinema concentra suas atenções no Oscar, a Universal Pictures prepara o terreno para o lançamento de Duplicidade, em 20 de março. O filme é um romance sobre dois especialistas em segurança empresarial que tentam trapacear um a companhia do outro. Escrito e dirigido por Tony Gilroy, o cineasta de Michael Clayton, um dos indicados ao Oscar de melhor filme no ano passado, Duplicidade traz Clive Owen e Roberts, em seu primeiro papel principal desde 2001. Naquele ano, ela coroou uma longa sequência de papéis em comédias românticas com os filmes Queridinhos da América e A Mexicana. O fato de que ela esteja enfim de volta criou certa esperança entre produtores e cineastas ansiosos por estrelas, uma mercadoria que se tornou rara depois que Roberts, que completou 41 anos em outubro, decidiu que se concentraria em sua família e em apenas alguns papéis em filmes de grande elenco, como O Sorriso de Monalisa, Closer, 11 Homens e um Segredo e Doze Homens e outro Segredo. Ela interpretou papel importante em Jogos do Poder, de 2007, mas dividia a tela com Tom Hanks, Amy Adams e Philip Seymour Hoffman.


"Ninguém ocupou o vazio que ela deixou", disse uma produtora, que pediu que seu nome não fosse divulgado para proteger suas perspectivas d
e trabalho com atrizes como Reese Witherspoon, Amy Adams e Scarlett Johansson. Nenhuma delas está nem mesmo próxima da sequência de sucessos que Roberts registrou nos anos 90, com filmes como Erin Brockovich (que lhe valeu um Oscar), Noiva em Fuga e Notting Hill. "No momento, as pessoas estão desesperadamente em busca de uma herdeira para Katherine Heigl", disse a mesma produtora. Heigl, 30, capturou metade da bilheteria que Roberts costumava conquistar, com filmes como 27 Vestidos, e tem outra chance de disputar a coroa com The Ugly Truth, comédia romântica que sai em julho pela Sony Pictures. Na semana passada, Julia recusou, por intermédio de sua relações públicas Marcy Engelman, discutir a decisão de estrelar Duplicidade, ou a de se afastar ao menos parcialmente do cinema no momento em que seu apelo nas bilheterias estava no pico. Diversas pessoas próximas a Roberts dizem que seu casamento com Danny Moder, diretor de câmera de A Mexicana, em 2002, e o trabalho de cuidar de seus três filhos limitaram sua carreira como atriz. Em 2007, ela aceitou um papel pequeno em Um Segredo Entre Nós, um drama familiar independente com orçamento de cerca de US$ 10 milhões, no qual o diretor estreante Dennis Lee contava com Moder na direção de câmara. O filme ainda não foi distribuído nos Estados Unidos.


Pessoas que trabalharam com Roberts diz que ela faz suas escolhas mais por instinto do que por estratégia. O que a convenceu a fazer Duplicidade, dizem, foi a insistência do amigo Clive Owen. Ela estava grávida quando o convite original foi feito, em 2007, de modo que a produção esperou pelo nascimento de seu terceiro filho. A decisão de Roberts também foi ajudada pelo fato de que as filmagens aconteceriam em Nova York, onde ela tem uma casa, o que não prejudicaria tanto sua vida familiar. Ao testar a próxima fase de sua carreira, Julia parece ter dominado um truque que escapou a outros astros de sua geração, como Tom Cruise, Renee Zellweger e Nicole Kidman: o de deixar a audiência sempre querendo um pouco mais. Ao menos, a Universal e seus colaboradores dizem que essa é sua esperança. "É algo que claramente existe", disse Jennifer Fox, produtora de Duplicidade, sobre a suposta boa vontade da audiência para com Roberts. "Não sei como sabemos, mas sabemos". (Os comentários sobre o filme na Internet variam muito, de "mal posso esperar" a "e quem se interessa por ela?") Gilroy está finalizando o filme esta semana em Nova York, ainda que a publicidade já tenha começado com um comercial durante o Super Bowl. As inevitáveis entrevistas promocionais de Julia sobre seu retorno também começam a ser marcadas.


O diretor conta que Roberts ajudou muito a dar forma ao projeto, dada sua considerável experiência em comédias românticas. "Ela era nossa especialista", ele diz. "Já tinha feito esse tipo de filme antes, e nenhum de nós outros podia dizer o mesmo". Julia não terá de se preocupar muito com concorrência feminina nas telas, quando do lançamento. As apostas do começo de fevereiro para o Dia dos Namorados (14 de fevereiro, nos Estados Unidos), entre as quais Delírios de Consumo de Becky Bloom, com Isla Fisher, e He's Just Not That Into You, com diversas estrelas entre as quais Johansson e Jennifer Aniston, já estarão fora do caminho. Isso abrirá espaço em 20 de março para o novo trabalho de Julia e um filme de alguma maneira romântico chamado Eu te Amo, Cara, produção da Paramount e da DreamWorks. A premissa do filme, estrelado por Paul Rudd e Jason Segel, é um tanto diferente, porém, porque trata de um sujeito sai à procura de um padrinho para seu casamento e termina gostando mais dele do que da noiva.


Fonte: The New York Times

2 comentários:

Jeh Fonseca disse...

ai amore como isso aqui tá lindo!!! nossa a julia bem q podia saber desse espaço!! um beijão

Perfil Celebridades disse...

Jully saber desse espaço, ia amar neh...........

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